quinta-feira, 14 de junho de 2012

Fotógrafo, pra quê?

Parece óbvia a importância das fotos na divulgação de um músico, mas a prática infelizmente mostra outra coisa. Uma vez recebemos na Osesp uma foto de uma solista internacional, uma moça muito bonita, com a foto na resolução correta (de 300dpi) e ficou muito bem no programa. Acontece que na hora do concerto (era uma missa ou algo parecido, com alguns solistas no palco) percebemos que a tal foto tinha pelo menos 20 anos, e mal conseguíamos identificar a solista.


Além de manter fotos atualizadas e na resolução correta, outra coisa importante é jamais mandar fotos com flash de câmeras caseiras, que dão um clarão 'chapado' no rosto do músico, e reparem no que está ao fundo. É mais comum do que se pode imaginar ter fotos com a churrasqueira ao fundo, a porta da cozinha etc.


No dia-a-dia de publicar matérias sobre música e músicos, algumas vezes já deixamos de colocar uma matéria em destaque por falta de fotos boas. Da mesma forma alguns músicos ganharam mais destaque por mandarem excelentes fotos para ilustrar a matéria.

Com uma diária (eles falam em saídas de 3  ou 4 horas) de um fotógrafo profissional, é possível fazer uma ótima sessão de fotos. O custo não é alto e vale muito a pena. No caso dos estudantes, a turma pode se reunir e buscar uma parceria com uma escola de fotografia. Fica a dica!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Iniciou seus estudos...

Este post devia se chamar "Iniciou seu currículo...", pois praticamente todos os currículos que chegam às redações de jornais e revistas e que aparecem em programas têm no começo um "Iniciou seus estudos". Além do terrível lugar comum, o principal problema é o uso do possessivo "seus". Seus de quem? De quem lê?

Tente se colocar no lugar de quem está na plateia de seu recital ou concerto e abre o programa. Será que aquela pessoa quer saber em primeiro lugar que você, aos cinco ou sete anos, começou a estudar com seu pai, com a professora do bairro? Um número considerável de pessoas para a leitura de um currículo antes da metade, então procure colocar no início o que é mais interessante e importante.

O que te dá mais vontade de continuar lendo: "Vencedor do Concurso Tchaikovsky 2011, não sei quem tocou recentemente na abertura da temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais..." ou "Iniciou seus estudos com sua mãe, exímia pianista amadora, e mais tarde entrou para o conservatório de sua cidade natal"? Faça um bem para a humanidade e para a sua carreira; não comece seu currículo com "Iniciou seus estudos".



Comentários sobre o primeiro post

Há alguns bons anos, quando eu trabalhava na Osesp, o trombonista Darin Milling me pediu uma ajuda com seus alunos para os currículos que eles preparavam para a inscrição no Festival de Campos do Jordão daquele ano.

Fui até a ULM (Atual Emesp),  do outro lado da Rua Mauá, e me deparei com jovens extremamente talentosos na arte de tocar, mas não na de escrever. Desde aquele dia penso em como dar uma contribuição a esses jovens músicos clássicos no início de uma carreira que necessita mais do que um bom som ao instrumento para alcançar o sucesso.

Não tenho grandes pretensões nem quero ditar regras, mas depois de ter perdido a conta de quantos currículos de músicos já editei, e de tantos programas, sites e livros fiz nessa área, me arrisco a dar alguns palpites. Também gostaria de receber biografias para comentar - podem enviar para marcos@lesacs.com.br.

E assim entra no ar mais um blog num universo de milhares: o Comunicação para músicos clássicos (nome besta e pouco eficiente, mas de certa forma objetivo...)