sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Bio não é linha do tempo

Curiosamente este é um costume dos cantores: a cada ano acrescentar um parágrafo à biografia. Costume feio, que deixa pavoroso o texto que os apresenta e que irá para os programas das óperas, concertos e recitais.

Em 1998 estreou na ópera....
Em 1999 foi Rodolfo em La Bohème no Theatro...
No ano de 2000 foi convidado a integrar o elenco de....
Em 2001 participou da montagem da....
....
Em 2012 retornou ao Festival....

Pensei em escrever sobre o assunto após editar, hoje, o currículo de um cantor que já tem uma ótima carreira e participa das principais montagens brasileiras. Fiquei feliz ao ver que ele tem um site bacana com muitas informações, áudios e vídeos - infelizmente não tem fotos em alta -, mas ao pegar o currículo dei de cara com essa maldição dos cantores.

Volto a dar a dica de colocar no começo do texto as atuações mais relevantes e recentes; e não precisa incluir todos os recitais e montagens da vida, muito menos no formato de linha do tempo. O que acaba acontecendo é que o texto fica tão enfadonho que as pessoas não leem. E se além disso começa com "Iniciou seus estudos", aí sim é para chorar.





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